Pretende alimentar-se um receptor R-L monofásico com uma corrente alternada, a partir de um gerador (fonte) de tensão contínua (figura 7)
Para obter uma corrente alternada, cada terminal do receptor deve poder ser ligado alternadamente e sucessivamente a cada um dos terminais + e - da fonte de tensão contínua. Liga-se então cada terminal do receptor ao terminal +, com um interruptor electrónico, e também ao terminal - com outro interruptor, obtendo-se um circuito com 4 interruptores electrónicos (figura 8).
Comandando ao fecho (ou à condução ou ligado) os interruptores K1 e K¢2 (com K¢1 e K2 abertos) aplica-se a tensão + U no receptor.
Comandando à condução os interruptores K¢1 e K2 (com K1 e K¢2 abertos) aplica-se a tensão - U no receptor.
Fazendo conduzir K1 e K¢2 , depois K¢1 e K2 e assim sucessivamente, é aplicada no receptor uma tensão positiva + U , depois negativa - U , e depois novamente positiva + U ...
Efectuando periodicamente estas comutações dos interruptores, de forma a aplicar + U durante meio período T , depois - U durante o meio período seguinte, obtém-se aos terminais do receptor uma tensão alternada rectangular (não sinusoidal) de período T (figura 9 ).
Figura 9
A tensão alternada rectangular, de período T , pode ser decomposta (análise de Fourier) numa componente sinusoidal de frequência f = 1/ T , e em harmónicas ímpares (tensão com simetria de meia onda) de frequências 3 f , 5 f , ...
A corrente que circula na carga R - L tem um andamento temporal mais próximo do sinusoidal (em relação à tensão rectangular), dado que a impedância da bobine L cresce com a ordem k da harmónica ( ).
Caso seja necessário, pode utilizar-se um filtro L - C passa-baixo para reduzir as harmónicas, tornando a tensão aos terminais da resistência mais próxima de uma sinusóide (figura 10).