A posição dos módulos fotovoltaicos relativamente ao sol é de extrema importância para que a produção energética seja a máxima possível.
Quando existe a possibilidade de escolha, a orientação ideal é muito fácil de determinar: devem ser orientados fazendo face ao equador. No caso do hemisfério norte esta orientação corresponde ao sul, enquanto no hemisfério sul corresponde ao norte.
A inclinação é um pouco mais complexa de determinar.
Considere-se em primeiro lugar o caso de uma aplicação autónoma que consome uma energia quase constante ao longo de todo o ano. É no Inverno que se deverá optimizar a produção, uma vez que é a época com menor incidência solar. Na Europa, para uma utilização anual, a inclinação ideal é, aproximadamente, igual à latitude do local, somada de 10º. Em Portugal, ter-se-á então uma implantação denominada "50 Sul" (orientação Sul e inclinação 60º).
Quando a instalação é para funcionar apenas durante o Verão, é preferível uma inclinação de 20 a 30º com a mesma orientação.
Considere-se agora uma instalação ligada à rede cuja produção energética vai ser integralmente vendida à rede. Haverá todo o interesse em produzir o máximo possível durante todo o ano. Neste caso, a inclinação óptima situa-se entre os 15 e os 45º na Europa do Sul, e entre 25 e 60º na Europa do Norte, sendo a orientação a já descrita acima.
No caso de painéis instalados no telhado de uma habitação, nem sempre é possível instalar os painéis orientados a Sul, atendendo à implantação da habitação. Convém excluir qualquer orientação a Norte, Nordeste e Noroeste uma vez que são extremamente desfavoráveis. Pelo contrário, as orientações Este, Oeste, Sudeste e Sudoeste com uma inclinação nunca superior a 30º relativamente à horizontal, apresentam apenas uma quebra de produção anual de 15% relativamente à localização óptima de 30º Sul.