e-Learning in electrical engineering

Pesquisar | Princípios de Navegação
Enquadramento Energia Eólica Energia Solar A implementação

4. Enquadramento da energia eólica

Situação actual

As novas exigências relativamente a um desenvolvimento sustentável conduzem a que cada Estado repense os seus métodos de produção de energia e aumentem a partição da produção relativa às energias renováveis. Ao assinarem o protocolo de Quioto os países comprometeram-se a reduzir as suas emissões causadoras do efeito de estufa. Este acordo contribuiu para o desenvolvimento de políticas nacionais de implementação de aproveitamentos eólicos e de outras energias renováveis, uma vez que as eólicas não emitem dióxido de carbono.

São 3 os principais factores que fazem com que as eólicas sejam competitivas :
•  os novos conhecimentos e desenvolvimentos da electrónica de potência,
•  os melhores desempenhos aerodinâmicos na concepção de turbinas eólicas,
•  os financiamentos estatais para a implementação de novos aproveitamentos eólicos.

(Fonte:Wind energy barometer-EuroObserv'ER 2004.)

Actualmente, é ainda pequena a partição relativa às energias renováveis, na produção mundial de electricidade. Pode concluir-se que o potencial das energias renováveis está sub-explorado. Contudo, os progressos tecnológicos favoreceram a instalação de aproveitamentos eólicos cujo crescimento exponencial nos últimos anos atingiu a taxa anual de 25% em 2003.

(Fonte:Wind energy barometer-EuroObserv'ER 2004.)

Os aproveitamentos eólicos tiveram um grande desenvolvimento na Europa que lidera a partição a nível mundial. A correspondente produção, corresponde ao consumo de energia eléctrica de 10 milhões de pessoas. Além disso, 90% dos fabricantes de equipamento eólico para unidades de média e grande potência, são europeus.

(Fonte:Wind energy barometer-EuroObserv'ER 2004.)

(Fonte:Wind energy barometer-EuroObserv'ER 2004.)

A repartição da energia eólica no seio da Europa revela alguma disparidade entre países. A Alemanha é a líder europeia, apesar de um abrandamento do número de instalações em 2003. A Espanha, que ocupa o segundo lugar, continua a instalação intensiva de parques eólicos. Em terceiro lugar aparece a Dinamarca, com um forte desenvolvimento de parques "offshore" e renovação de todas as eólicas com idade superior a 10 anos.

 
(Fonte:Wind energy barometer-EuroObserv'ER 2004.)

O custo e a rentabilidade de um projecto eólico toma em consideração o custo de aquisição dos equipamentos, a respectiva instalação e manutenção bem como o preço de venda do kWh. Um aproveitamento eólico é um projecto caro; estima-se que o custo de instalação seja de cerca de 1000 Euros por cada kW. O progresso tecnológico e a crescente produção destes equipamentos, faz com que este valor diminua regularmente. O período de amortização do capital investido depende do custo da instalação, da quantidade de energia produzida e varia de local para local.

Na Alemanha e Dinamarca os investidores são tanto os grandes grupos industriais, como os particulares e agricultores. A energia eólica revela-se uma alternativa à actividade agrícola. Na Dinamarca, 100 000 famílias possuem comparticipações nos aproveitamentos eólicos. Esta indústria permitiu, igualmente, a criação de empregos em sectores como o do fabrico de componentes para as eólicas, instalação, exploração e manutenção de aproveitamentos e ainda nos sectores da investigação e desenvolvimento. Podem estimar-se mais de 15 000 empregos na Dinamarca e 30  000 na Alemanha, directa ou indirectamente relacionados com os aproveitamentos eólicos.

Perspectivas

A energia eólica é considerada como uma das opções mais credíveis para o futuro, sendo imensos os recursos do vento. Estima-se que a energia eólica actualmente recuperável a nível mundial, seja de cerca de 53 000 TWh, ou seja, 4 vezes o consumo mundial actual de electricidade. Na Europa, o potencial existente é suficiente para satisfazer 20% do consumo de electricidade até 2020, em particular, tomando em consideração o novo mercado "offshore".

 

 

Responsável : Benoît Robyns | Realização : Sophie Labrique | Versão portuguesa: Maria José Resende | © e-lee.net