O factor-chave da competitividade dos sistemas de produção energética a partir de energias renováveis é o custo do kWh produzido. Este custo é calculado a partir do custo do investimento no sistema de geração, do seu tempo de vida útil, das taxas de juro dos empréstimos eventualmente contraídos e dos custos de funcionamento ligados à manutenção, da energia primária que será gratuita, no caso do solar ou do eólico, …, ou paga, no caso dos combustíveis fósseis, do nuclear, ….
Nos sistemas que funcionam com base numa fonte de energia de natureza tipicamente variável (eólica, solar hidráulica de fio de agua), a produtividade do sistema depende fundamentalmente das condições naturais (número de horas de sol, por exemplo) já que o custo do investimento depende, essencialmente, da potência de ponta. Uma eólica de 1 MW poderá fornecer no máximo uma potência de 1 MW, mas ela não poderá produzir essa potência em permanência, devido a característica flutuante da velocidade do vento, contrariamente às centrais clássicas que utilizam combustíveis fósseis ou o nuclear. Para uma central eólica, como para uma solar ou uma mini-hídrica, o importante é a quantidade de energia produzida.
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Instalação |
Factor de rendimento |
Grande hidráulica |
100 - 200 |
Pequena hidráulica |
80 - 100 |
Eólica |
10 - 30 |
Solar fotovoltaica |
3 - 6 |
Tabela 1. Factor de rendimento dos sistemas de produção eléctrica a partir de fontes de energia renovável .
O factor de rendimento é melhor para as grandes instalações, como é o caso da grande hídrica (tempo de vida de 30 a 50 anos), em relação às mini-hídricas (tempo de vida de 20 a 50 anos).
A potência das eólicas passou de algumas centenas de kW, antes de 2000, para alguns MW, após o ano 2000, e poderão vir a estabilizar em torno dos 5 MW, até 2010. O tempo de vida útil de uma eólica é de 20 a 25 anos.
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