Os sistemas de produção de energia fotovoltaica ligados à rede são uma resultante da tendência para a descentralização da produção eléctrica. A energia é produzida num local mais próximo do seu consumo e não apenas por grandes centrais térmicas ou hídricas.
Com o decorrer do tempo, os sistemas ligados à rede vão reduzir a necessidade de aumentar a capacidade das linhas de transmissão e distribuição. Um sistema ligado à rede produz a sua própria energia e encaminha o excedente para a rede, na qual também se abastece, em caso de necessidade; estas transferências de energia eliminam a necessidade de adquirir e manter uma bateria de acumuladores.
Os sistemas mais importantes compreendem um ondulador (conversor DC/AC) que pode estar ligado a diversos painéis (tal como no caso dos sistemas não ligados à rede). Este dispositivo converte a corrente contínua em corrente alternada e sincroniza a corrente de saída com a da rede de forma a reduzir o consumo a partir da rede. A rede assume o papel de uma bateria de acumuladores infinita.
A maior parte dos custos de um sistema ligado à rede reside na fabricação dos módulos fotovoltaicos que o compõem. Os custos de produção foram consideravelmente reduzidos ao longo dos últimos anos e espera-se que assim continue.
Consequentemente, este tipo de sistemas:
é indicado para certas regiões urbanas de clima quente, onde o custo do kWh produzido por um sistema fotovoltaico ligado à rede é equivalente ao de outras formas de produção de electricidade.
Nas regiões onde a incidência solar é menor, a rentabilidade de um sistema deste tipo é, ainda, marginal.
Existe um certo potencial de mercado para sistemas fotovoltaicos residenciais ligados à rede, mas os respectivos custos deverão ainda baixar de forma a que estes sistemas possam concorrer com os relativamente baixos preços de electricidade.
Figura3 : Sistema fotovoltaico ligado à rede.