Experimentalmente, as células fotovoltaicas (PV) apresentam grandes variações de potência eléctrica em função das condições meteorológicas. Além disso, quando estão ligadas a uma carga surgem outros problemas que fazem com que a energia transferida para a carga raramente corresponda à energia máxima produzida pelo gerador PV. Existem problemas similares no caso das eólicas.
Os controladores de "Maximum Power Point Tracking" (MPPT) foram desenvolvidos após 1968, com o intuito de melhorar o desempenho do sistema constituído por uma fonte não linear e uma carga arbitrária. Este tipo de controladores está particularmente adaptado para regular fontes não lineares e forçá-las a trabalhar no ponto de potência máxima, resultando, assim, uma melhoria global do rendimento da conversão em energia eléctrica
Quando se liga uma fonte de energia a uma carga, o ponto de funcionamento é determinado pela intersecção da característica eléctrica tensão-corrente da fonte, com a correspondente característica da carga. Este ponto de funcionamento altera-se sempre que as características da fonte, ou da carga, se alteram. Esta é a razão porque, muito frequentemente, não se está a operar a MPP e a energia fornecida à carga é inferior à máxima que poderia ser fornecida.
Existem diferentes tipos de controladores MPPT; regra geral, cada um destes tipos foi desenvolvido para uma aplicação específica. A precisão e a rubustez destes controladores dependem de um certo número de parâmetros:
do rendimento global do sistema desejado pelo construtor;
do tipo de conversor de potência que faz a adaptação e a ligação à carga (DC-DC, DC-AC), ou à rede eléctrica;
da aplicação em vista (sistemas autónomos, ligados à rede, espaciais);
das características do MPPT, em função da velocidade, qualidade;
do tipo de implantação escolhido (analógico, numérico, combinação dos dois).